quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Olhos Verdes!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 27 de junho de 2004.
Modificada em 25 de janeiro de 2008.



Ao contemplar tu, ó natureza!
Vejo reluzir o Poder de Deus
Cada folha de árvore a dar adeus...
Como que agradecendo nossa franqueza.

Seja um cajueiro, mangueiro ou abacateiro.
Não nos iludamos, porque elas gostam...
Ao serem apreciadas até desbotam...
Sua tonalidade é clareza de candeeiro!

O oxigênio; transpiras ao amanhecer.
Enchem-nos os pulmões de saúde
Isto é dádiva de Deus é virtude
É a ação do respirar para viver.

À noite o carbônico que não é vital.
Aos seres vivos faz até muito mal.
Mas, para tu ó árvore, é o natural.
O expelir transpirando o gás letal.

Memorial de um Cárcere!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 19 de novembro de 2008.
*Exaltado seja o Deus da minha salvação!
Caminhei nas estradas da vida!
Labutei nas suas tortuosas vertentes...
Esbocei o sorri do evidente,
driblei as contrações da lida.
O tempo implacável enferruja,
enrijece-me o direito de caminhar...
E, hoje sentado no exílio desse lar,
o alojo que enojo me oxida.
Tento reagir no meu interior,
mas, algo estranho não me permite...
Não sei, se sei o que em mim se omite?
Embora, camuflo à vontade de desertor!
Suplico socorro, sem demonstrar,
falo do meu querer até disfarçado...
No inculto enganador programado,
sinto muita vontade de chorar!
O choro contido também chora!
Oh! Esperança tu já vais embora...
E levas também de mundo afora,
o pranto triste da minha aurora!
Ah! Pássaro cativo quanta tristeza...
Privado do espaço; estás na gaiola!
Tu cantas, tu choras, ou procura o viola?
Liberdade é habeas corpus de nobreza.
Não pensem que eu deixei de pensar...
Eu até estou pensando demais,
Penso até que já não sou rapaz?
Mas, eu ainda sou capaz de amar!
Escuto no cochilo os cochichos...
Tricotam num audível cochichar;
Finjo, porém escuto, e na mente rabisco,
a colcha cozida é destarte o fuxicar.
Meu romantismo vê tudo lá no Universo!
Até o brilhar vagando lado a lado,
E aqui, eu retoco o retrato desbotado,
apago as agruras do recesso, com meus versos.
O tempo eu sei que ele é de Deus,
portanto; não é meu esse tempo.
Minha fé é o bálsamo que respiro ao vento,
é o tratado contido no evangelho de Mateus!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Passo a passo!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 18/06/2007.



A cada passo, desse meu caminhar...
Eu sinto um cansaço me perseguir
Tento superar firmado no existir
E na promessa, que vivo, a confessar.


Cultuar o meu Jesus como adorador!
Ser um crente de alta fidelidade
Propagar o Evangelho nas cidades...
Declarando a todos que Deus é amor!


Ide e pregai a todos audíveis!
Foi essa a missão que fora legada
A igreja é o templário acampado
Creiamos no Rei mesmo invisível.


O Salvador que apascenta na concórdia!
Sem fazer acepções que se destaca...
Ele é o divinal é a forte pilastra!
Que segura e salva por misericórdia.


Falo aqui do meu Deus – Jeová!
Esse que com parábolas plantou...
Sementes de compreensão e regou...
Fazendo a esperança no mundo brotar!


A sua promessa será cumprida!
E a vitória virá com o seu fervor
Se tu queres ser um vencedor
Sigas a Cristo, no irrestrito.

Vejo Cristo!


Autor: Wilson Soares de Araújo.
Data: 18/03/2008.



Nas ondas do mar eu vejo Cristo!
Belas são todas suas criações...
Eu transporto todo o meu martírio
E me refaço dessa solidão.


Minha fé cada dia eu burilo.
Na certeza de que Deus é amor!
Mais que fiel, Ele é misericórdia
É Ele quem me abraça: é Ele quem me conforta.


Tenho lutado contra mim
Sou um intempestivo pecador
Agora; que a Ele conheci – eu senti
O seu inefável amor acolhedor.


Estenderei a minha mão amiga,
A todos que sofrem o que sofri... (2X)
Dar-lhe-ei a mensagem da vida
Exaltarei o meu eterno Rei!

Um Mural de Lembranças!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 10 de julho de 2008.
*Salve! 07 de julho de 2008.
Medites: Col. 3:16.


Tens atitudes de peculiar firmeza
Elas se aditam à fraternidade ativada
Sua desenvoltura é a franqueza,
Incensando o campo nesta jornada.

Neste momento único que é seu!
Folheia-se no calendário uma página
Compendiando o que valeu
Na história futura sobre a Nadia.

O magistério se projetou na sua vida,
Transcrevendo mutações ao futuro...
O saber apaga a ignorância na lida
E a educação cidadã, sai do escuro!

A felicidade é cada tijolo fixado
Na íris e na mente da criança
Tudo se transportará ao passado
Mas, a vida é mural de lembrança.

Colega, aceite essa poesia!
Vitórias...Coleciones...
Oh! Deus livra-a de ciclones...
A educadora alegria, alegria!

*Exaltado seja o Deus da minha Salvação!
Saudações em Cristo!
Wilson Soares, Tânia e Filhos.

Um pescador de almas!

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Homenageando os 34 anos de entrega aos caminhos do
Senhor Jesus, optada pelo irmão Eduardo Pinheiro.
Salve 17 de dezembro de 2007.
* Lida por Bel no dia 08/03/2008.

Ah! Caminhada laboriosa e pluralizada...
Complexa de sonatas inexprimíveis desse levita
Onde na busca do certo, tornei-me ativista
Em defesa desta causa relevante e amada.

Distam várias décadas, a Ele me entreguei.
Minha vida experimentou mudanças...
As agruras agora as encaram com Temperança
O Espírito Santo fez-me criança do Rei!

Na seara eu continuo no seu labor
A minha alma sedenta me convoca
Jamais pra Deus baterei a porta...
Abro meus braços é regalo de amor!
..........................................

Hoje sem a juventude eu me deploro
Não tenho mais a vigor à mocidade
Mas, Abraão, é espelho de verdade
É meu renovo e o velho vai-se embora.

A tarrafa será jogada de novo ao mar!
É a missão mais nobre desse pescador
Resgatar alma em estado desesperador
E Deus, a todos oprimidos salvará!

A minha casa serve ao Senhor!
A perseverança nela é praticada...
Oração é o tapete dessa estrada...
Na fé fortalecida somos vencedor!

O Teu poder já em mim impregnou.
O Teu amor é a mais inefável pluma!
A Sua misericórdia é luz em vislumbre...
E eu, quero ser um verdadeiro adorador!

Um Cabedal de Educação!

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 21 de setembro de 2008.



Nas lutas sociais que abracei,
Convivi com um ícone da lisura
Evangelista de mansidão pura...
Cabedal que eu já recenseei.


Ocupou posições em vários cenários,
Preservou a licitude, abraçou a fé!
Mantém sua postura ética de pé
Na altivez do seu ideário.


Vi neste cidadão atos de honradez
Elucidados na ilibada criatura
Franco e objetivo, mas, com ternura
Ele é um amigo de bondosa sensatez.


Palmilhou a subida árdua do destino!
Pegadas históricas fincadas no rincão
Brilhante e educador de plural educação
Rendo homenagem ao líder João Faustino.


Quão sapiência no tratamento,
Dócil, sincero, humano e fidedigno
Declaro-me feliz, sou seu amigo!
Eis o meu fraterno depoimento.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tablado do Saber!




Poesia de Wilson Soares de Araújo,
homenageando a vitória do seu pupilo
Marcos Aurélio Marques da Silva na sua
colação do 3º grau.
Salve!
Natal, 02 de agosto de 2007.


Entre a terra e o céu!
Haverá de brilhar uma luz...
Se o lampião da tua fé
For o afável amor de Jesus!

O tempo é atemporal!
Quando objetivamos...
Lutar caminhando...
Na busca da vitória triunfal.

Chegas a ápice desta coluna!
Muitos andares tu irás percorrer...
A bússola do oriente irá indicar
O degrau do querer vencer.

A fisioterapia te abraçou!
Jogas agora num outro campo
Na busca de enxugar prantos...
Tu és em Cristo um vencedor!

Felicidade é na certeza plural!
O passado voltou neste ato
Lembro suas peraltices em compasso
O tablado do saber, no espaço teatral.

Grato faço parte da sua história!
Os aconselhamentos assimilados...
Vejo na titulação que lhe fora outorgada

Felicito-o: e a Deus Honras e Glórias

Ponte de Todos Newton Navarro.

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Homenageando a Governadora Vilma Maria de Faria, pela obra monumental.
Natal, 04 de dezembro de 2007.



Quão lindo espetáculo a contemplar...
Num templário de magistral beleza
O encontro enamorado da natureza,
Beijando-se sobre o rio Potengi
No tablado especial da arquitetura
Ele embala os sonhos imagináveis
E com o bifocal binóculo – vejo a cidade!
Na poesia romântica do potengi e do atlântico
Espumam beijos, onde não há disfarces
Mistura-se o doce com o sal
Apresenta-se, ah, linda Natal!
Tela de um cinema cognominado
Ponte de todos e do Newton Navarro
Ícone da boemia em perene travessia...
Pintor das belezas do Potengi e da Redinha...
Versou poemas de exaltação à cidade
Eis um bem comum a serviço da coletividade...
A timoneira fez o abstrato em concreto
Num lampejo visionário de autenticidade
Visitantes de todas as camadas e idades...
Vêem a Natal como à espera
Trampolim da vitória sem guerra!
Um postal de colírio e de vitalidade
Escultura, tu desnudas:
O rio, o mar e a saudade,
Vê-se de longe...
Ama-se de perto
Essa maravilha;
Mirante do progresso!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O quadro não riscou o giz!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 11 de março de 2007.



O certo é que meu Deus me defendeu
Se assim aconteceu na pré-história
... E me permitiu alicerçar na rocha a vitória
Plantarei no meu jardim outra flor!

A insegurança regada encharcou
A esperança verde mimetizou
E o elo circular bamboleou,
Livrem-se os digitais: o compromisso acabou!

A pior tristeza não é o desprezo
Senti na pele: é a falta de respeito
Tive a sensação que pisara em esterco
Charco...O atolar foi evitado em defeso.

Atônito e cabisbaixo sai afônico – eu pequei?
Fiz questão por educação; ativei a surdez!
Beijara um robô envenenado e sem lucidez!
Patético: recebo o desfecho da minha nudez..

Planejava um futuro, por presente
Mais o presente ofuscou esse futuro...
Sem presente o futuro se fez ausente
E o ausente se faz presente no escuro!

Benção: são dadas a quem mereceu!
Errei, confesso; eu quem me equivoquei.
O errar é do homem – o acertar é de Deus!
Caminharei na estrada que Ele me ofereceu!

Dia do Sim!

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Oferecendo a sua esposa Tânia Maria Silva de Araújo.
Esse manjar advindo de Deus!
Salve!
26 de agosto de 2007.


Vinte e nove anos já são passados!
No calendário da nossa existência...
Sob a benção da onipotência...
Estamos blindados nesta batalha.

Felizes, sem tropeços caminhamos...
Em respeito aos mandamentos de Cristo!
Deus nos tem protegido no aprisco!
Na fé trabalhada a estaca fincamos.

As sementes: germinou e brotou!
Produtivas e saudáveis elas reluz
Reverências ao sacrifício na cruz
Ao meu Jesus fidelidade de amor!

Hoje buscamos a fé fortalecer!
Deus nos tem sido misericordioso
Está na promessa esse desejo honroso!
De vencermos mesmo sem merecer!

Tenho vontade na alma genuflexa!
De ser um patrocinador á abrir portas...
Doar regadores a hidratar Tua horta!
E a recompensa seja a luz em festa.

Obrigado: Senhor pela companheira!
Paciente, mansa e cheia de humildade...
Foi no recanto desta bela Natal, cidade
Onde encontrei a minha bela riqueza!

Ela...É por certo a mais bela flor!
Lá da pequena, Jardim de Angicos!
Uma Estrela piscara lá do infinito!
Anunciava que nasceu esse amor!

O deserto da lucidez!

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 1º de julho de 2008.



Andei no deserto da lucidez!
E nele só encontrei Sol e Areia
Vivi um trajeto de cegueira,
Estúpida e espúria insensatez.


A água no deserto pra sede saciar
No meu eu sua falta já se sentia
Ao longe eu vi um oásis de alegria
Foi lá, que a sede eu pude matar.


Creio que algo de maravilhoso
Comigo e com você já aconteceu
Similar ao que eu relato de fato,
Sentiu o meu eu, a presença Deus.


Caminhava na terra tão quente...
Que escaldava o meu parecer
O meu rosto e o meu corpo sebento,
Salvo pelo vento, aí pude entender!


Sem a fé em Deus, o Soberano!
Teu deserto te consumirá
Sedento de tudo, você morrerá...
Na fortaleza do seu desengano.

Delírios...


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Data: 18/03/2008.


E você:

Ondas do mar que contemplei!
Do alto veleiro fixo em travessia
Os múltiplos que por ele percorria
Vi a beleza e vislumbrei...Eu lagrimei.

Passado que o tempo o devasta...
Os nossos ideais projetados e incontidos
Vivo as ilusões que nesta vida...
As coletei sem prevê o desgaste.

O delírio que em mim, hoje se aplaca
Meu jovial pastou as esperanças
E hoje as retrato como vingança,
Esquecidas; dormem nas outrora serenatas!

Pra viver e continuar vivendo
Temos que a algo interceder
Você somente será um ser,
Se o ser for semente revivendo.

Delirante é o delírio que delira!
E o meu eu; aporta-se aconchegante
Serei eu, mais plural dos infantes!
Embora que nada mais aspira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meus cinqüenta e sete anos!


Poesia de Wilson Soares de Araujo.
Salve! 02 de novembro de 2008.

Ao despertar surpreso me deparei!
Sendo por familiares homenageado...
Atônito eu fico encabulado,
Entendi; o porquê eu despertei!
Hinos de amor executados...
Iam inebriaram minha alma!
Feliz; mas afônico em rescaldo,
Insípida ficara minha calma.
Senti que a palidez se esboçava
No meu semblante entorpecido
Eu divagava no eu adormecido
E o pensares, era quem me atordoava.
Cinqüenta e sete anos: e recebo acalantos...
Fui por muitos sendo ovacionados...
Ricas palavras, e orações balbuciadas...
Meu Deus! Quanta magia em cada canto.
Resta-me agradecer,
O primor da delicadeza
A certeza se fez certeza!
Numa linda manhã, ao amanhecer!
Grato aos cunhados e familiares que me proporcionaram essa surpresa ao amanhecer!

Gaiola!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 25 de agosto de 2007.


Ao abrir o cofre da saudade
Senti o arrepio reprimido
Não devo desnudar esse abrigo
Em respeito à chave da piedade!

O aroma odorífico que inalei indefeso,
Causou-me aquela sensação instintiva...
E o medo me aguçou olfativo...
Adentrei nas entranhas do desejo.

E a juventude pluraliza ensejos...
Que na maturação as esquece
Não sei se as lutas – elas; acontece
Mas, o canal é lodo em degredo.

Cofre fechado é sinal vermelho!
Cofre, tu guardas pardas pecúnias...
Cofre aberto também há infortúnios...
Cofre, tu és um poço de segredo!

E o pássaro que nele se encolhe
Nas madrugadas isoladas e frias
Sua pena pluma arrepia...
Liberdade: por que não o socorre?

Deus Longanimo!

Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 12 de junho de 2008.


Ao discorrer com a Tua ajuda, ó Pai querido!
As poesias que migram da minha mente
Sempre estou a sentir, que estás presente...
Na exaltação que a Ti faço provido.


É meu desejo abençoar quem precisa!
Mas, em Teu nome ajo com a fé,
Tudo a exortar o Jesus de Nazaré!
Meu provedor e de quem necessita.


A inspiração que Tu fazes brotar!
Enche-nos de amor fraternal
É esse o meu maior ideal
Na poesia o Teu nome honrar!


Sou grato ao meu criador honroso!
Dono na Terra e de tudo que nela há
Misericordioso que nos faz meditar!
Ele é o Deus longanimo e maravilhoso.


Que esse poema partilhe do seu coração!
Faça você refletir, esse inexprimível amor!
Que Jesus por nós, no calvário se sacrificou,
Sendo julgado e condenado sem apelação!

* Exaltado seja o Deus da minha Salvação!

Deserto escaldante!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 13 de novembro de 2007.


Adentrei no deserto escaldante...
Os meus pés feridos reclamavam...
Sedento meu organismo se degradado...
E eu encontrei-me com Deus!


Capengando já a passos lentos...
O meu rosto enrugado e ressecado
Pobre eu pecador desnorteado...
Na busca do oásis jamais encontrado.


Deus ao meu lado a cada instante...
Guiava-me com um dócil acalento...
Ao meu ouvido Ele balbuciava...
Filho Eu sou dono do tempo.


A sombra e a ventania já abrandavam...
O alivio desabrochou no momento
Ele me protegia e eu não via,
Deus é verdadeiro até no sentimento.


Encontrei o oásis!
Lá saciei a minha sede!
Bebi da água da vida!
Eu há muito saí do degredo!

Clemência!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 05 /05/2004.
*19/03/2008.



Quase eu vi escapar pelas mãos
Esse desejo afetivo da vitória
No sugar quente macula de história,
Onde a inocência se deplora em vão.


Amargura, tu trafegas no meu ser!
Pois sou impotente nesta batalha
A vítima anestesiada sob a navalha
Que corta a roseira sem ela perceber.


Mas, tenho a fé como lume da esperança!
Quiçá Deus me conceda esse troféu
Qual o de sentir na alma as bênçãos dos céus
A excelência da liberdade alegre da criança.


Sociedade maléfica e excludente
Que usa o inocente no ilícito delírio
Apunhalando a família – que martírio!
Derrotada está, se Deus não conceder clemência!

Canários Belgas


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 29 de setembro de 2004.


Eu queria entender o teu canto,
Um é amarelo outro cinzento engaiolados
Quando te ofereço meu recanto
Abrigo-te com alimentos adornados.


Agradeces com um mavioso cantarolar
Ao colocar água, e no seu cocho a ração
Tu mexes o meu interior, e a minha emoção!
Sinto o desejo ardente de te beijar.


A sinfonia adoça a minha alma ao voar!
Vários são os tons da sonata em cantos...
Fico muitas vezes admirado à escutar,
Perplexo eu me indago: não será um pranto?


Porém; se lhe oferecer a liberdade
Ela será uma criminosa e falsa alforria
Não saberás encontrar o alimento do dia a dia.
Pois, o tempo de aprender, já adormeceu na saudade.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bonina - A Bela Margarida...


Poema é uma obra em verso descritivo!
E que ao seu reverso desejo a reversão.
Que Deus conceda a misericórdia da unção!
Do seu renovo uma riqueza em lirismo.

Já são muitos os anos... Eles vãos se passando...
Eu e ela tornamos; nós no tempo pretérito.
E o hoje romântico... Mas, nunca recesso.
Ela é a maravilha, ervilha ainda debutante!

Oh! Tempo como és corrosivo...
Até nosso álbum...Já enferrujado...
O presente se negando ao passado.
E a felicidade eu a busco decidido!

A margarida frondosa e empelicada.
Colírio que a minha pupila dilata!
Afortunado vejo-a no jardim da praça!
Desabrochar incensando o meu sacrário.

O meu tio Américo, a chamava de Bonina!
Eu não entendia quanta sutileza...
Ele descrevia a sua magistral beleza!
Mas, a bela margarida ainda era menina.

Não há nada que sirva de premiação.
Se a união não tiver sido imposto.
Quem se ama, se vê noivo e ditoso!
Assim; me vejo no conforto dessa junção.

Peço a Deus que me permita o fervor.
Qual o de viver essa união em harmonia.
Consagrada na humildade da Homilia.
Monsenhor Landim: assim declarou!

Sua cor é branca, ó pequena margarida!
Tu és o tapete estendido à primavera!
Nos prados é um manto; angelical e singela...
Ao termino da páscoa tu se faz recolhida.

O perdão é da alma, o Renascimento!
No Pai Nosso; quão lindo segredo!
Quem perdoa já saiu do degredo.
Feche-se caverna do ressentimento!
* Poesia reflexiva de Wilson Soares de Araújo.

*Atendo ao pedido do meu pai Moisés Soares de Araújo Sobrinho, com objetivos claros de demonstrar através da poesia, o seu inefável amor pela minha mãe e sua esposa Helena Soares de Araújo. Natal, 13 de outubro de 2007 às 16h02.

Assu: Rainha do Vale!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
Natal, 29 de setembro de 2004.

Assu: rincão dos meus antepassados.
Assu: berço da minha lírica infância!
Assu: tu geraste em mim, a criança.
Assu: terra dos poetas e da sensibilidade.

Recordo-me através da geografia,
Tuas paisagens flutuantes em imponência,
Carnaúba, eras a árvore da providência!
Sustentáculo aditivo da sua economia.

Território desenhado por um Renato.
Ele, que decifrava em versos sua beleza,
E os Caldas, Amorim, Macedo, Soares e os Fonseca.
Clãs que demarcaram o domínio e o espaço.

Assu, espaçoso aeroporto imaginável da franqueza,
Águas dos vales, hidratando toda essa nobreza,
Cultuada, com amor, poesias, e educada fortaleza,
Assu, rainha de um vale, coroada de real princesa.

Minha mãe, meu tesouro, fala de ti emocionada,
Orgulhosa de sua terra mãe – Ela se esmera!
Estudou na sua adolescência nas irmãs Dorotéias,
Já promovida bisavó, continua amorosa e delicada.

HP da Saudade!


Poesia de Wilson Soares de Araújo.
* Falecimento do Chiqüito Soares aos 02/07/2007.
HP é uma homenagem póstuma.

Saudade, tu és lembrada tu, és sentida...
Nas cantigas que, aos ouvidos ressonantes
Nas festas e reuniões dos infantes
E,o pior tu nos persegue na estrada da vida!

A luta fora travada...
Imóvel, ele resistia em partir,
Mas Deus no seu coração fez fluir
E decreta o final da jornada.

Oh! Saudade como és imprudente...
Priva do mortal o brio da lucidez!
Não vês a angústia dessa insensatez?
Tu roubas da família a individualidade.

A multidão em cortejo plural...
Busca o desejo de ser visualizada,
Serás vista e será que serás lembrada?
No álbum quando ele for paginado.

Cultivem-se suas boas obras!
Amizades na memória cadastrada
Assu tu não permitais que seja apagada
O passado épico do filho re-prateado.

A pátria a qual me refiro é celeste!
Ele, já não mais nos pertence
Familiares presentes e ausentes...
Saúda com flores ciprestes reverente!

Cumpristes a tua paternal missão
Filhos enaltecedores da fé cristã!
Ajudam fraternalmente, sem acepção,
Todos partilham a labuta com emoção.

Os conglomerados o reverenciam...
O gosto dessa amarga saudade!
No olhar jorram lágrimas salgadas...
Do presente que ausente, jaz sepultado.


Saudade! És a ressonância/ de uma cantiga sentida / Que, embalando a nossa infância/ Nos segue por toda a vida!
Da Costa e Silva, Pandora, p.83.